Vindo de vários estados brasileiros, principalmente:
Maranhão, Bahia, Espírito Santo, Minas Gerais e outros, os primeiros
colonizadores desta terra até então “terra de ninguém”, vieram com o propósito
de tentar “sorte grande” através da extração de madeira.
O primeiro nome da
localidade foi Candangolândia, em homenagem aos exploradores e pioneiros da
região. As primeiras caravanas com tentativas de colonizar a região surgiram em
1962, quando foi realizados os trabalhos de demarcação das primeiras fazendas
nas imediações do que hoje é a sede municipal. No ano de 1969, chegou ao
vilarejo o médico ecologista Dr. Camilo Viana, liderando estudantes e pesquisadores
do Projeto Rondon, que faziam atendimentos na área de saúde. Esta operação foi tão
importante para a localidade que Candangolândia passou a chamar-se Vila Rondon,
numa homenagem humanitária desenvolvida pelo extinto Projeto Rondon. Não
demorou muito e Vila Rondon já possuía Posto de Gasolina, Farmácia e Açougue,
atraindo mais moradores as condições para exploração de madeira de lei. Elevado
à categoria de município e distrito com a denominação alterada para Rondon do
Pará, pela Lei nº 5.027, de 13 de maio de 1982, desmembrando de São Domingos do
Capim.
Falar em etnia rondonense é uma forma de simplificação, pois Rondon do
Pará foi historicamente constituído a partir da fusão de muitas etnias. Mas o
que é uma etnia? Em primeiro lugar, o conceito de etnia é diferente do conceito
raça. Enquanto o que caracteriza a etnia são fatores culturais, como tradição, língua
e identidade, o que distingue raça são fatores biológicos como a cor da pele, o
formato da cabeça, o tipo de cabelo etc. Assim, os membros de uma etnia
compartilham de valores culturais próprios e se comunicam por meio de uma língua
que é também própria. As pessoas que constituem essa população se identificam,
e são reconhecidas pelos outros como membros da etnia. Esta grande diversidade
étnica que constituiu Rondon do Pará, longe de ser um problema, resultou em uma
riqueza cultural que se expressa por intermédio das artes - da música
principalmente, da culinária, das crenças, do próprio modo de ser dos
rondonienses.
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