domingo, 4 de março de 2012

IMIGRANTE & MIGRANTE


           Vindo de vários estados brasileiros, principalmente: Maranhão, Bahia, Espírito Santo, Minas Gerais e outros, os primeiros colonizadores desta terra até então “terra de ninguém”, vieram com o propósito de tentar “sorte grande” através da extração de madeira.
            O primeiro nome da localidade foi Candangolândia, em homenagem aos exploradores e pioneiros da região. As primeiras caravanas com tentativas de colonizar a região surgiram em 1962, quando foi realizados os trabalhos de demarcação das primeiras fazendas nas imediações do que hoje é a sede municipal. No ano de 1969, chegou ao vilarejo o médico ecologista Dr. Camilo Viana, liderando estudantes e pesquisadores do Projeto Rondon, que faziam atendimentos na área de saúde. Esta operação foi tão importante para a localidade que Candangolândia passou a chamar-se Vila Rondon, numa homenagem humanitária desenvolvida pelo extinto Projeto Rondon. Não demorou muito e Vila Rondon já possuía Posto de Gasolina, Farmácia e Açougue, atraindo mais moradores as condições para exploração de madeira de lei. Elevado à categoria de município e distrito com a denominação alterada para Rondon do Pará, pela Lei nº 5.027, de 13 de maio de 1982, desmembrando de São Domingos do Capim. 
        Falar em etnia rondonense é uma forma de simplificação, pois Rondon do Pará foi historicamente constituído a partir da fusão de muitas etnias. Mas o que é uma etnia? Em primeiro lugar, o conceito de etnia é diferente do conceito raça. Enquanto o que caracteriza a etnia são fatores culturais, como tradição, língua e identidade, o que distingue raça são fatores biológicos como a cor da pele, o formato da cabeça, o tipo de cabelo etc. Assim, os membros de uma etnia compartilham de valores culturais próprios e se comunicam por meio de uma língua que é também própria. As pessoas que constituem essa população se identificam, e são reconhecidas pelos outros como membros da etnia. Esta grande diversidade étnica que constituiu Rondon do Pará, longe de ser um problema, resultou em uma riqueza cultural que se expressa por intermédio das artes - da música principalmente, da culinária, das crenças, do próprio modo de ser dos rondonienses.

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