quarta-feira, 13 de março de 2013

PAPA Brasileiro!

Por que um brasileiro está na lista de favoritos para ser Papa?
Um dos candidatos apontados entre os principais “papáveis” deste conclave é o cardeal arcebispo de São Paulo, Dom Odilo Scherer. É a primeira vez que um brasileiro é tão falado e apontado em uma eleição para líder da Igreja Católica. Mas podemos citar algumas razões para isso.
1 – Experiência pastoral
Dom Odilo é bispo de diocese, diferentemente de outros candidatos, como o cardeal italiano Gianfranco Ravasi (apontado como um dos papáveis). Ravasi nunca teve uma atividade pastoral significativa. pois sempre foi professor. É como se fosse um general que nunca comandou uma tropa.
Já Dom Odilo foi padre no interior do Brasil, depois se tornou professor e formador em grandes cidades, como Curitiba e Londrina. Foi ainda bispo auxiliar de São Paulo e, por fim, arcebispo de São Paulo. Tem um currículo pastoral grande, tanto nas áreas rurais, quanto nas áreas urbanas. Tem um perfil diferenciado dos demais cardeais.
2 – Formação humanística
Tem uma formação sólida não somente em pedagogia, mas em filosofia e teologia. Defendeu uma tese de doutorado brilhante na Pontifícia Universidade Gregoriana, de Roma, sobre o tema cristologia. Isso dá a ele um porte significativo, um laço cultural e intelectual muito fortes.
3 – Homem forte da CNBB
Foi secretário-geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), a segunda maior conferência episcopal do mundo (atrás apenas da Itália). Com seu trabalho, projetou seu nome junto à nunciatura (representante do Vaticano no Brasil) e também se tornou conhecido em muitas dioceses pelo mundo. Como secretário, foi responsável pela articulação da CNBB. Atuou como se fosse o “primeiro-ministro” do organismo.
4 – Fluente em seis idiomas
Dom Odilo domina o português, espanhol, alemão, italiano, francês e inglês. Isso dá a ele uma maior facilidade de comunicação, uma abordagem direta  muito grande com interlocutores, facilitando o diálogo dele com as várias partes do mundo.
5 – Trabalho na Cúria Romana
Conhece as engrenagens do Vaticano, pois trabalhou sete anos junto à Congregação dos Bispos, considerada uma dos mais importantes dicastérios e tem laços com os demais ministérios da Igreja, como a Secretaria de Estado. Tinha um trânsito bom na Santa Sé, conhece grande parte dos oficiais que trabalham lá.
6 – Perfil conservador
É uma pessoa que não é dada a excessos, extremamente prudente. Mas não significa que seja um reacionário. É alguém que quer a renovação, mas não é um vanguardista. Não vai abrir mão das convicções da Igreja, como ser contrária ao casamento homossexual e ser favorável à manutenção da família.  Dom Odilo admite a renovação da Cúria, das pastorais, dos procedimentos da Igreja, mas quer que isso seja feito de modo controlado, no seu devido tempo.
7 – Homem jovem
Aos 64 anos, é alguém com um bom pique para o trabalho. Muito organizado, metódico e eficiente no que faz e nas missões que a igreja confia a ele. Onde põe a mão, geralmente dá certo.
8 – Origem europeia
Vem de uma família religiosa, de origem alemã, unida e numerosa. A Igreja vê com bons olhos este fato. É um europeu transplantado ou seja, um latino-americano que não está ligado a movimentos sociais de vanguarda, à teologia da libertação e não tem um descuido com a doutrina. Isso faz com que ele receba muitos votos de europeus. As pessoas têm medo de um cardeal que tenha muito contato com partidos populistas ou sindicatos. É uma tarefa que não é para bispos, mas para leigos
9 – Entendimento da América Latina, África e Ásia
Estuda os problemas da Igreja nesses continentes e pode ser um porta-voz dessas regiões até então marginalizadas na Cúria Romana. É um grande conhecedor da Amazônia, das tribos indígenas. Isso é novidade na Cúria, já que não sabem nem que há pobreza no mundo. Dom Odilo circula nesse ambiente
10 – Vem do maior país católico do mundo
O fato dele vir do Brasil pode significar uma maior criatividade e inventividade na Igreja. Está faltando criatividade no Vaticano para pastoral, para o diálogo, para renovação. A Cúria Romana precisa de um bispo de fora, que traga fantasia para ampliar a vida missionária da Igreja e abrir novas perspectivas. A Europa já demonstrou cansaço para isso.
11 – Tem “torcida”
Há pessoas no Brasil e fora dele que torcem em favor de Dom Odilo para que ele seja eleito Papa. Jogar sem torcida é um desastre. A política em favor dele é pode dar um bom resultado. Um dos maiores articuladores de Dom Odilo é o cardeal Dom Geraldo Majella (arcebispo emérito de Salvador). É um “mineirinho” que sabe fazer política, mesmo aparentando inocência. Leia aqui 

Um comentário:

Anônimo disse...

De que adianta oPapa ser Argentino, se Deus e brasileiro? kkkk