1.
Resistir: anotar com detalhes toda as humilhações sofridas (dia,
mês, ano, hora, local ou setor, nome do agressor, colegas que testemunharam, conteúdo
da conversa e o que mais você achar necessário).
2.
Dar visibilidade, procurando a ajuda dos colegas, principalmente
daqueles que testemunharam o fato ou que já sofreram humilhações do agressor.
3.
Organizar. O apoio é fundamental dentro e fora da empresa.
4.
Evitar conversar com o agressor, sem testemunhas. Ir sempre com
colega de trabalho ou representante sindical.
5.
Exigir por escrito, explicações do ato agressor e permanecer com
cópia da carta enviada ao D.P. ou R.H e da eventual resposta do agressor. Se possível
mandar sua carta registrada, por correio, guardando o recibo.
6.
Procurar seu sindicato e relatar o acontecido para diretores e
outras instancias como: médicos ou advogados do sindicato assim como:
Ministério Público, Justiça do Trabalho, Comissão de Direitos Humanos e
Conselho Regional de Medicina (ver Resolução do Conselho
Federal de Medicina n.1488/98 sobre
saúde do trabalhador).
7.
Recorrer ao Centro de Referencia em Saúde dos Trabalhadores e
contar a humilhação sofrida ao médico, assistente social ou psicólogo.
8.
Buscar apoio junto a familiares, amigos e colegas, pois o afeto e
a solidariedade são fundamentais para recuperação da auto-estima, dignidade,
identidade e cidadania.
9.
Importante:
Se você
é testemunha de cena(s) de humilhação no trabalho supere seu medo, seja
solidário com seu colega. Você poderá ser "a próxima vítima" e nesta
hora o apoio dos seus colegas também será precioso. Não esqueça que o medo
reforça o poder do agressor!
Lembre-se:
O assédio moral no trabalho não é um fato isolado, como vimos ele
se baseia na repetição ao longo do tempo de práticas vexatórias e
constrangedoras, explicitando a degradação deliberada das
condições de trabalho num contexto de desemprego, dessindicalização
e aumento da pobreza urbana. A batalha para recuperar a dignidade, a
identidade, o respeito no trabalho e a auto-estima, deve passar pela
organização de forma coletiva através dos representantes dos trabalhadores do
seu sindicato, das CIPAS, das organizações por local de trabalho (OLP),
Comissões de Saúde e procura dos Centros de Referencia em Saúde dos
Trabalhadores (CRST e CEREST), Comissão de Direitos Humanos e dos Núcleos de
Promoção de Igualdade e Oportunidades e de Combate a Discriminação em matéria
de Emprego e Profissão que existem nas Delegacias Regionais do Trabalho.
O basta à humilhação depende também
da informação, organização e mobilização dos trabalhadores. Um ambiente de
trabalho saudável é uma conquista diária possível na medida em que haja
"vigilância constante" objetivando condições de trabalho dignas,
baseadas no respeito ’ao outro como legítimo outro’, no incentivo a
criatividade, na cooperação.
O combate de forma eficaz ao assédio moral no trabalho exige a
formação de um coletivo multidisciplinar, envolvendo diferentes atores sociais:
sindicatos, advogados, médicos do trabalho e outros profissionais de saúde,
sociólogos, antropólogos e grupos de reflexão sobre o assédio moral. Estes são
passos iniciais para conquistarmos um ambiente de trabalho saneado de riscos e
violências e que seja sinônimo de cidadania.
Obs.
Obs.
Acredito que no Estado do Pará isso não acontece,
se você leitor conhece algum caso de assédio moral em outro estado da
federação. Envie-nos que teremos o maior prazer em compartilhar, esse material
foi enviado por um anônimo.
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