quinta-feira, 31 de maio de 2012

Eleição!


É importante que se ouça mais gente, que se envolva mais gente e que se converse um pouco mais. A arte da política é a arte de vencer as coisas que parecem impossíveis. A política é a única ciência que não tem limite, porque quando as coisas parecem impossíveis de acontecer, elas acontecem. (…) Não existe uma única palavra e um único motivo que justifique a guerra, mas existem milhões de palavras e milhões de gestos que justificam a paz.

A grande confusão está no conceito de vencer a eleição. Na maior parte das vezes as pessoas entendem “vencer a eleição” exclusivamente como “ser eleito”. Um pouco como vencer a corrida ou a partida significa exclusivamente derrotar um ou mais adversários. Mas vitórias eleitorais são de natureza diferente. Participar de uma eleição, concorrendo nela, tem mais de um objetivo – principalmente quando a possibilidade de eleição é remota ou nula. Aderir a candidaturas, participando ativamente delas, quando a eleição é inviável é da mesma natureza.

Na via inversa, muitos são os candidatos que, inadvertidamente alçados ao cargo que postularam, transformam em fragorosa derrota, algumas vezes coberta de escárnio, a ascensão pelo voto.

Torcer por uma vitória eleitoral é torcer para que uma idéia floresça, que um nome desponte, ou que algo seja passado a limpo. Mas torcer não precisa ser o ato irracional que o verbo expressa em sentido próprio, mas que bem representa a atitude de quem se desespera por um resultado desportivo. Torcer por uma vitória eleitoral pode ser elencar as prioridades, por critério pessoal ou coletivo, e implementar ações racionais que produzam efeito no sentido pretendido.

Os partidos pequenos surgirão com nomes mais ou menos desconhecidos, aqueles que, despreparados para a edilidade de qualquer capital, pleiteiam a magistratura suprema. Não haverá surpresas por esse lado.

O quadro está posto, e em diversas alternativas plausíveis, o grande vencedor já está definido. não se sabe por que torpe caminho e raciocínios, o risco da bolivarização – que seja remoto - existe, e a perspectiva de extensão do mandato atual ou de sua recandidatura enfrentam apenas a tênue barreira de uma reforma constitucional. Nesse caso, seremos todos derrotados.
 (fonte http://www.artigonal.com/politica-artigos/vencer-a-eleicao)

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