Vivemos na era da
informação, do avanço da comunicação e da tecnologia. Ferramentas como a
Internet, por exemplo, são indispensáveis para o desenvolvimento da população,
em especial, das nossas crianças e jovens.
Hoje, os
computadores são instrumentos essenciais no processo pedagógico e precisamos
caminhar a passos rápidos e firmes para uma ampla inclusão digital, capaz de
atingir, principalmente, os estudantes das escolas públicas de todo o País.
Iracema Portella: Mais computadores para Escolas
Públicas
Pensando nisso,
apresentei o Projeto de Lei (PL)
2346/2011, que acrescenta o parágrafo 2º ao artigo 30 do Decreto-Lei nº
1.455, de 7 de abril de 1976, para introduzir a destinação obrigatória dos materiais
de informática apreendidos nas ações de combate ao contrabando para as escolas
públicas.
O objetivo desta
proposta é destinar, de forma obrigatória, todo material de informática
apreendido em decorrência das ações de combate ao contrabando, às escolas
públicas do nosso País.
Trata-se de uma
medida de extrema relevância, de grande alcance social, tendo em vista que tais
escolas, de modo geral, são carentes de tudo, especialmente de
computadores. Além de democratizar o acesso dos bens de informática à
população de baixa renda, que, muitas vezes, não tem dinheiro para comprar um
computador, facilitando sua inserção no mundo digital e também no mercado de
trabalho.
Apesar do crescente
número de jovens brasileiros que usam a Internet como ferramenta de
participação e de intervenção política em suas comunidades, criando redes
virtuais de mobilização social, o Brasil ainda está longe de promover uma ampla
inclusão digital.
Segundo dados do
IBGE, a quantidade de lares com computadores passou de 17% em 2005 para 32% em
2009. O acesso à internet em domicílios brasileiros está concentrado nas
camadas A e B (90% e 85%), o que evidencia uma grave desigualdade.
Nas escolas, o
processo de inclusão digital avançou nos últimos anos, embora ainda enfrente problema.
O ProInfo Integrado, programa do Ministério da Educação voltado para o uso
didático-pedagógico das Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC) na rede
de ensino, leva às escolas computadores, recursos digitais e conteúdo
educacionais digitais, além da oferta de cursos de formação continuada aos
professores e gestores. Em 2004, o número de laboratórios adquiridos pelo
ProInfo foi de 562, segundo dados do MEC. Em 2010, a quantidade acumulada
chegou a 104.373. O número de escolas conectadas à internet também aumentou.
Em 2008, eram 3.291
e em 2010 alcançou o número de 55 mil. O programa já capacitou cerca de 550 mil
professores e gestores. Apesar disso, especialistas avaliam que a implantação
dos laboratórios de informática ainda esbarra em questões como o despreparo dos
professores para usar o computador como ferramenta pedagógica e na falta de
manutenção dos equipamentos e das instalações.
Superar esses
obstáculos é uma tarefa urgente, pois as novas tecnologias de informação e
comunicação, quando utilizadas de maneira equilibrada e com os cuidados
necessários para evitar violações dos direitos das crianças e adolescentes, são
de grande valia no processo educacional, ajudam os jovens a exercitar sua
cidadania, a refinar seus conhecimentos e a fortalecer seus laços
sociais.
(fontehttp://www.pp.org.br/noticias/453/149043/IracemaPortellaMaisComputadoresParaEscolasPublicas/)
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