quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

O professor pode ser fonte de motivação para o aluno?


A motivação do aluno para os estudos é considerada um fator de suma importância para o êxito escolar. Podemos definir motivação como a força propulsora interior a cada pessoa que estimula, dirige e mobiliza, ou seja, conduz o sujeito à ação com empenho e entusiasmo.
Na literatura, encontram-se dois tipos de motivação: a) Motivação intrínseca: baseada em um interesse pessoal. Possui como características a autonomia e o autocontrole. Por exemplo: o aluno estuda História da África para entender sua condição de negro. b) Motivação extrínseca: baseada em recompensas materiais e sociais. Quando o sujeito se dirige a um determinado objetivo estimulado por aspectos correlatos que dele podem resultar. Por exemplo: o aluno estuda História da África para ser aprovado no vestibular.       
Destacamos três fatores que podem influenciar significativamente a motivação:
O significado que o conteúdo e a disciplina têm para o aluno
O significado do conteúdo e da disciplina varia de acordo com as metas e os objetivos de vida de cada um. Caso não se perceba a utilidade, o interesse e o esforço tendem a diminuir à medida que o aluno se pergunta que serventia tem aquilo que o professor lhe ensina. Colocar problemas ou interrogações, despertar a curiosidade dos alunos, mostrando a relevância que pode ter para os mesmos a realização da tarefa, é essencial.
É imperativo que o professor conheça o aluno e sua história de vida. Assim, o educador poderá ficar próximo dele, saber seus interesses e sonhos para, a partir daí, preparar aulas atrativas e significativas que atenderão às necessidades e aos interesses da turma.As implicações da auto estima para a motivação
A elevada auto estima estimula o aprendizado. O estudante que goza de elevada auto estima aprende com mais alegria e facilidade. Quem se julga incompetente e incapaz de aprender, aproxima se de toda nova tarefa de aprendizagem com uma sensação de desesperança e medo.
Alunos desmotivados, com baixa auto estima, costumam desenvolver atitudes como “não sei fazer, não adianta tentar, não vou conseguir...”. Eles necessitam de uma orientação educacional que inclua estímulos sócio afetivos que favoreçam o desenvolvimento do autoconhecimento, da identidade pessoal e com ela a elevação da auto estima, para reconstruir seus projetos de estudo e de vida.
A motivação do professor
Tendo em vista que a atividade acadêmica se realiza de forma coletiva e em um contexto social, o professor deve criar um “ambiente motivador”. Isto significa desenvolver em sala de aula situações de aprendizagem em que o aluno tenha papel ativo na construção do conhecimento, usando adequadamente os recursos didáticos, a avaliação formativa, as estratégias de ensino e o conteúdo, proporcionando atividades desafiadoras etc.
Entretanto o professor é, por excelência, o principal agente motivador. Precisa estar motivado, ter compromisso pessoal com a educação, demonstrar dedicação, entusiasmo, amor e prazer no que faz.O educador deve ser aquele que estabelece uma relação de afetividade com o aluno, que busca mobilizar a energia interna do mesmo. Se o clima de calor humano, desenvolvido pelo professor, é percebido no processo de interação, passando a imagem de pessoa digna de confiança, amistosa, é provável que os estudantes se esforcem para corresponder às suas expectativas. Comentários do tipo “você não aprende mesmo!” ou “você não quer nada, não tem jeito!” danificam a auto-estima do aluno e reforçam o sentimento de incompetência.
A qualidade das relações que se estabelecem no interior da sala de aula tem implicações na motivação do aluno. As pessoas procuram sentir-se aceitas pelos outros. Podemos chamar isso de motivação de filiação, ou seja, a necessidade que a pessoa tem de se sentir aceita e valorizada.
É preciso levar em consideração que fatores socioeconômicos e biológicos também condicionam a motivação. O professor não pode considerar o problema do desinteresse do aluno apenas como uma questão psicológica. A falta de motivação pode ocorrer, também, pela não satisfação de necessidades como fome, cansaço e afeto. O importante é avaliar cada caso e procurar resolvê-lo na medida do possível.
Fonte (http://www.mundojovem.com.br/datas-comemorativas/volta-as-aulas/o-professor-pode-ser-fonte-de-motivacao-para-o-aluno?dt=1)

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