O rato agrada gente desagradável,
aceita fazer o que sabe que não deve, aceita ser destratado ou prejudicado,
tudo isso a troco de manter o marasmo.
O rato perde qualidade de vida só por
medo de algo dar errado. Tem vida sexual só dentro do casamento só pelo medo da
SIDA. Não vai a manifestações para não ser preso. Não aceita pedido de amizade
nem abre e-mail de desconhecidos. O rato não tem uma boa família, um bom
emprego, uma boa cidade pra morar. Só é grato por uma vida de sem graça pra
razoável por medo de uma vida ainda pior.
O rato defende como um herói contra si
mesmo seu casamento, seu país, sua empresa, seu deus. Porque ele mesmo não vale
nada.
O rato só tem dois projetos: o paraíso
depois da morte e fazer sua vida o menos pior do que já é que puder até lá. Por
medo do Inferno, já vive lá.
Imaculada Virgínia Pereira Souto e
Abigail Pereira Aranha
Via correio eletrônico
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