Rondon do Pará?

A cidade de Rondon do Pará, surgiu em 17 de julho de 1967 de um acampamento do DER. Para chegar até o local (que não tinha nome) o senhor Clemente Israel da Rocha, teve que andar alguns dias a pé e teve como denominação: o primeiro morador do lugar. Ele ficou onde hoje é o atual DER. Alguns dias depois, chegou no acampamento, uma equipe de topógrafos que permanecia no local por quatro semanas para pesquisar e sondar a localização da estrada PA-70. Depois, esta equipe partiu, ficando o Sr. Clemente e sua família. Após alguns dias, chegou no local, pela primeira vez, o Dr. Antônio César Brasil e pediu a retirada do Sr. Clemente daquele lugar, pois pretendia criar ali o acampamento do DER. O Sr. Clemente teve que sair. Ele conseguiu um local e fez um barracão onde hoje é o Posto Rondon.

Nesta época já nascia uma pequena comunidade.

Logo, chegaram os senhores: Arinos Brasil (pai do engenheiro Antônio César Brasil), Antônio Carneiro Cardim, Agenor Alves da Silva e Luís Inácio Silva. O Dr. Antônio César Brasil, era o engenheiro e supervisor da estrada PA-70 e foi a raiz para o crescimento do lugarejo, pois acolheu o Projeto Rondon, facilitando transporte e muitas outras coisas. O Dr. Camilo Viana, coordenador, foi outra figura que muito se destacou para o progresso do lugar. O Sr. Arinos Brasil, também contribuiu muito para o progresso da pequena comunidade. Foi ele que mandou colocar duas placas de madeira com o nome de CANDANGOLÂNDIA, uma à margem do rio que conhecemos por Cai n’água e outra a mil metros de distância do rio. CANDANGOLÂNDIA, primeiro nome de Rondon do Pará, derivado de Candangos (homens construtores de estrada). Esse nome não prevaleceu por muito tempo, pois em janeiro de 1969, chegou uma equipe do PROJETO RONDON ali chefiada pelo Dr. Antônio Sales e o japonês Yamada. Nesta época, mudaram o nome de Candangolândia para Vila Rondon em homenagem ao PROJETO RONDON e, mesmo porque o lugar já tomava aspecto de uma pequena vila.

Mais ou menos umas duzentas famílias já moravam em Vila Rondon e cada dia chegava mais gente, a procura de terras baratas e pela boa qualidade da mesma.
Todas as coisas que estas famílias precisavam, procuravam o Dr. César Brasil, que era o supervisor da estrada PA-70 e da região.

Ao sair de Vila Rondon, o Dr. César Brasil, orientou à população que procurasse um representante para a Vila, e que o Sr. Clemente, como sendo o morador mais antigo, fizesse a escolha.

O Sr. Clemente escolheu o Sr. José Queirós Matos Novaes (Baiano) e o outro candidato escolhido foi o Sr. Abílio Amaral.

Como havia muita gente no local, houve a primeira eleição, no dia 06 de fevereiro de 1969.
            O Sr. José Queirós foi o representante escolhido pelo povo e tomou posse dia 09 de fevereiro de 1969.

Estavam presentes na posse, o Dr. Camilo Viana (representante do Projeto Rondon), a Meritíssima Juíza de Conceição do Araguaia, o Prefeito de Conceição do Araguaia e outras pessoas do povo.

A Vila crescia, dia após dia, mas em 25 de julho de 1969, houve um acontecimento trágico. Um desentendimento entre índios e fazendeiros. Houve mortes, mas logo chegou um destacamento da Polícia Militar de Belém, e tudo voltou ao normal.

Em 1971, houve desmatamento de floresta e a área foi transformada em roças de plantio de milho, arroz, mandioca e outros. O progresso continuava.

Chegava gente todo dia e ocupava a região, trazendo sua parcela de contribuição, aumentando cada dia mais o lugar.

Em 1972, o Dr. Arinos Brasil, interferiu na administração e deu ordens para que fossem cortadas as ruas: Rua dos Pioneiros (1ª Rua de Rondon do Pará), Rua Bahia; Rua 1º de maio, Rua Nossa Senhora de Fátima e Rua Santo Antônio.

O Sr. José Queirós, receoso com algumas pressões que vinha sofrendo, de algumas pessoas contra eles, renunciou, deixando os papéis da administração, inclusive o livro de ata, planta da vila e outros documentos, nas mãos do Sr. Clemente Israel da Rocha.

Muitos personagens na historia de Rondon...

Passado uns cinco meses, o Sr. Clemente teve que entregar toda a papelada ao Sr. Rosalvo Mendes, desestruturando um pouco a vida pública de Vila Rondon.

O prefeito de São Domingos do Capim, naquela época, veio aqui e normalizou a situação indicando o Sr. Natanael Paz, dentista paraense, para conduzir a Vila. Este cumpriu bem seus trabalhos, mas devido não combinar com as idéias de alguns moradores, afastou-se do cargo de administrador.

Logo em seguida, assumiu o cargo, o Sr. Eufrásio José da Costa, que muito trabalhou para o desenvolvimento da vila.

Depois, o prefeito de São Domingos do Capim, nomeou o Sr. Cícero Mendes, como representante, substituindo-o mais tarde pelo Sr. Carlos Gomes de Araújo. Assim, a prefeitura de São Domingos do Capim, ficou dando assistência a Vila Rondon, pois a vila era Distrito de São Domingos.

O progresso continuava...

Onde é hoje a Igreja Católica, foi fundada a primeira escola, que era uma construção de tábua (1971) recebeu o nome de Dr. Dionísio Bentes de Carvalho.

Funcionou naquele local até o ano de 1975.

O primeiro padre de Vila Rondon, foi o Padre José Fontonella, que muito colaborou na organização da Escola Estadual Dr. Dionísio Bentes de Carvalho e também para o progresso de Vila Rondon.

Vários acontecimentos sucederam tais como:

• 1972 – a construção do atual cinema;

• 1973 – fundação do 1º Hospital chamado de Emiliana Júlia;

• 1975 – Inauguração da nova Escola Estadual Dr. Dionísio Bentes de Carvalho.

• Inauguração da CELPA;

• Primeira Delegacia, funcionou na Avenida Marechal Rondon, esquina com Castelo Branco;

• Primeiro dentista – Sr. José Campelo;

• Primeiro Comerciante – o “popular” Sr. José;• Primeira Feira livre, na praça em frente ao Bradesco (hoje);

• Primeiro Banco a funcionar – BRADESCO;

• Primeira cidadã Rondonense – Ana Arlete, filha do casal Abel e Nelci Cavalcante (atual Posto São Francisco);

• Primeiro meio de transporte foi de uma empresa chamada Beiradão;

• Primeiro Hotel – foi do Sr. Raimundo Lima;

• Primeiras autoridades – Cabo Francisco de Alencar, que ficou conhecido por sargento Alencar. Com ele trabalhavam dois soldados: Joaquim e Eloi.

Muitos outros acontecimentos foram surgindo...

A Vila crescia e mais gente chegava, de outros Estados, trazendo sua contribuição.

Vila Rondon continuava ligada a São Domingos do Capim, apenas por razões econômicas e geográficas.

Insatisfeitos com esta situação, com o esforço da população e de muitos políticos, realizou-se o Plebiscito para emancipação de Vila Rondon.

Em 13 de maio de 1982, Vila Rondon ficou reconhecida como Município pela lei nº 5.027, recebendo o nome de Rondon do Pará.

Hoje, o Município de Rondon do Pará

Histórico: o município de Rondon do Pará, foi criado através da Lei 5.027 de 13 de maio de 1982 e sua instalação deu-se a 02 fevereiro de 1983.

Pertencente à Microrregião de Paragominas.

Rondon do Pará está constituído de um Distrito: Rondon do Pará.

Localização e População O município de Rondon do Pará, está localizado às margens da Rodovia BR-222 Km 86 e é cortado pelo Igarapé Ararandeua, Surubiju ou Surubim. Localiza-se a Sudeste do Pará e ocupa uma área de 15.300 km². Dista da capital do Estado 586 Km por rodovia.

População rural e urbana de aproximadamente 55.000 habitantes.

Fonte (http://rondononline.com.br/historia_parte1.php)